É uma
alegoria ao Pássaro Junino, manifestação
popular típica do Pará e se constitui
em mais um instrumento de estudo da In Bust Teatro
com Bonecos. Foi resultado do projeto de pesquisa
do autor Adriano Barroso, patrocinado pelo Instituto
de Artes do Pará (IAP) em 2002, com o
objetivo de resgatar e difundir as manifestações
folclóricas unindo duas linguagens absolutamente
populares: O Teatro de Bonecos e as tradições
do Pássaro Junino em uma empreitada inédita
no país.
A
brincadeira com as tradições
populares passeia entre o cordel e o melodrama
para instituir de vez a variedade de referências
que fundamenta o espírito do povo paraense.
Esta mistura também estará na estética
do espetáculo que trabalha com elementos
que vão do Miriti ao Veludo, na confecção
dos bonecos, das tradições medievais
européias às tradições
populares tipicamente paraenses, no enredo do
texto.
Estreou
em dezembro de 2002, no Instituto de Artes do
Pará. Esteve em temporadas no Teatro Waldemar
Henrique, Teatro Maria Silvia Nunes e Theatro
da Paz, em Belém, na Semana de Bonecos – Quarto
Ano, na III Bienal Internacional de Música
de Belém. Fez turnê pelo Projeto
Bonecos na Estrada e esteve na Casa de Cultura
de Castanhal, em São Caetano de Odivelas,
no Centro Cultural Nina Abreu em Abaetetuba,
no Museu do Marajó em Cachoeira do Arari,
no Cine Marrocos em Marabá, no Cine Roxi
e Ginásio Poliesportivo em Tucuruí,
na Escola D. Amando em Santarém, no Circo
Arte Cidade e no Museu Sacaca em Macapá.
Estará circulando pelo Brasil no Palco
Giratório
O
Espetáculo apresenta bonecos mamulengos,
bonecos gigantes com manipulação
por vara e bonecos de pedestal com manipulação
em arco. Os Atores manipuladores interferem diretamente
na cena, compondo-a, posto que o figurino se
constitui como cenário. A trilha sonora é original
e brinca com vários ritmos, e a sonoplastia é inusitada.
Com isso, o grupo dá mais um salto qualitativo
em seu trabalho de descoberta sobre sua identidade
no que se refere à construção
e manipulação de bonecos, associada à encenação
de espetáculos que utilizam esta forma
de arte cênica.
Nessa
história, a Princesa Mariana – que
está apaixonada pelo Príncipe Mateus
Augusto – é obrigada a se casar com o filho
de sua madrasta, a Rainha Valéria de Marambaia.
Com a ajuda da Feiticeira da Mata, a Rainha quer
usurpar o trono do Rei Henrique e planeja matar
o Príncipe e o Pássaro Garça
Dourada, animal de estimação de Mariana
encantado pela Fada Dáfne para protegê-la.
Porém, por acaso, Pipico e Bereco, matutos,
testemunham os assassinatos.